Doce Vampiro - Flynn Meaney

Alguns vampiros são bonzinhos. Outros são maus. E outros apenas fingem para arrumar uma namorada.

Tímido e desajeitado, Finbar Frame, de 16 anos, é daquele tipo que nunca consegue ficar com nenhuma menina. Alto, magro, pálido e alérgico ao sol, infelizmente as garotas do colégio não apreciam sua pele nem sua alma sensível. Mas, quando ele percebe que elas são obcecadas por vampiros, decide adotar medidas extremas - ele vai se tornar um vampiro! Ou pelo menos fingir... para ser mais popular entre a ala feminina do colégio.

Com sua natureza introspectiva e a pele incrivelmente pálida, é surpreendentemente fácil para Finbar fingir ser um vampiro. Mas, quando conhece uma menina que talvez goste dele de verdade, descobre que a vida como falso vampiro é mais complicada do que ele pensava.

Este hilário romance de estreia foi escrito para todos que acreditam que às vezes até os cara bonzinhos - sem dentes afiados ou pele brilhante - podem conquistar a garota dos seus sonhos.

Hilário é uma palavra que define bem o livro do Flynn Meaney, é impossível não se identificar com algumas características do personagem principal - Finbar - ou pelo menos de algum coadjuvante na história. Doce Vampiro entrou para a lista dos meus favoritos!

Primeiramente meus parabéns ao Flynn por saber usar muito bem a onda vampiresca na literatura e ter a ideia genial de escrever esse livro. Não teria momento melhor para ele, o livro faz diversas referências aos vampiros famosos da série Twilight, True blood e até aos clássicos vampiros da literatura.

Se você é fã de vampiros ou acha muito ridículo, esse é o livro pra você! Pois ao mesmo tempo que ele está zoando, ele também está reconhecendo o sucesso dos novos vampiros.

Finbar nasceu e viveu até seus 16 anos em Alexandria, Indiana, e lá vivia sua vida de nerd esquistão bem tranquila, sem badalações, como editor da revista literária da escola St. Luke (que tinha uma circulação de 5 exemplares). Ele é irmão gêmeo de Luke, um dos caras mais populares da escola, atleta, disputado pelas meninas. Só que eles são gêmeos bivitelinos, ou seja, não idênticos, e Luke parece que ficou com toda a parte boa dessa gestação.

"Ou talvez a necessidade de mudança tenha começado quinze anos e nove meses antes, com a fertilização de dois óvulos muito diferentes por dois espermatozóides muito diferentes. Desculpe mencionar a vida sexual dos meus pais, mas foi assim que eu e Luke começamos. Minha mãe liberou um óvulo com seu entusiasmo e energia, e outro com suas neuroses sociais e sentimentalismo barato. Meu pai forneceu um espermatozóide com suas habilidades esportivas e sua simpatia, e outro com sua tendência de se trancar no quarto o fim de semana inteiro. O espermatozóide legal encontrou o óvulo e os dois foram dar uma volta na parte legal do útero. Os encalhados se juntaram por falta de opção e o resultado fui eu".

A  mudança para Nova York era a oportunidade Finbar começar do zero em uma escola nova e, pela primeira vez, sem ser conhecido apenas como irmão do Luke, já que este foi para uma escola diferente. Além disso, Finbar estava feliz por ir morar na mesma cidade da sua paixão virtual, Celine.
O encontro real com Celine foi um desastre e Finbar viu o quanto sua mãe o estragou assistindo com ele comédias românticas onde o mocinho sensível, atencioso e carinhoso é o cara dos sonhos de qualquer garota. Ele levou a menina num caríssimo restaurante francês e comprou de presente a primeira edição do seu livro favorito (ohhh) e ela... bem, você vai ter que ler.
Depois desse primeiro incidente, Fin percebe que terá que mudar algo em sua vida, não dá mais para ser esse cara desajeitado que todo mundo pisa. Sua mãe estava decidida a animá-lo e decidiu fazer uma passeio em família para a praia. Praia? Ela é louca! Finbar é mais branco que leite e depois de 20 minutos exposto ao sol com bloqueador fator 50, sua pele reagiu e ele teve que ir correndo ao médico. Resultado? Ele é alérgico ao sol (isso não é spoiler, está na contracapa).
Foi no caminho de volta do hospital para casa que uma coisa aconteceu:  uma loira (ele não gosta de loiras - qual é o problema com as loiras, Finbar? Não gostei!) sentou ao seu lado no trem segurando o livro "Terror noturno" e começou a puxar assunto com ele. Fin não queria papo, mas a loira insistiu e no final disse: "eu sei o que você é". Naquele momento ser chamado de vampiro foi um insulto, mas depois...
Fin percebeu que o livro do momento era o "Sede de sangue" onde o personagem principal, um vampiro magricelo e branco, conquistava a mocinha sexy  com todo seu charme. E a partir daí decidiu que era isso que precisava, ser um vampiro! Começou a sua jornada em busca de informações nos livros, ainda bem que ele é um leitor compulsivo, olha só quanto ele leu:

"Entre o sábado e a manhã de terça, li os seguintes livros: A família Vourdalak, do conde Alexei Tolstói; Carmilla, de Joseph Sheridan Le Fanu (esse tinha uma vibe lésbica incrível, e isso uns cento e cinquenta anos antes de a Marissa beijar a Alez em The OC); Drácula, de Bram Stoker (esse eu só folheei, porque já tinha lido duas vezes); Revelações em negro, de Carl Jacobi; A hora do vampiro e Voo noturno do Stephen King; Carpe Jugulum, de Terry Pratchett; quatro livros da Anne Rice; dois da série House of night, de P.C e Kristin Cast; e a saga Crepúsculo, de Stephenie Meyer".

Munido dessas informações vampirescas, Finbar estava pronto para se tornar um vampiro e começar arrasando na escola nova. E, coincidência ou obra do destino, seu pai comprou um Volvo para ele ir para a escola.

Não vou contar mais nada, só posso dizer que a partir daí você não vai mais querer largar o livro! Finbar  irá descobrir os prós e contras de ser um vampiro e também conhecerá a Kate. Ah, Kate... Leia e depois me conte o que achou, ok?

Título: Doce Vampiro

Autor: Flynn Meaney

Editora: Verus

Número de páginas: 248

Onde Comprar: Extra / Saraiva